Que tal fazer um pequeno teste? Pense em algum filme de Hollywood que fez sucesso a partir da década de 90. Se o primeiro título que lhe vier à mente for uma obra genuína de Tarantino — de preferência com sangue jorrando por todos os lados e surf-music como som de fundo — você entendeu o nosso ponto de vista! É que não há cineasta que tenha imprimido tão bem sua marca nos últimos vinte anos do que esse ex-balconista de locadora de vídeos, o americano Quentin Tarantino.
Com sua obsessão por organizar faixa por faixa de todas as trilhas sonoras, reabilitar atores e atrizes que se encontravam fora do star system e até recriar o universo de gêneros cinematográficos de qualidade duvidosa, como o bangue-bangue à italiana, Quentin Tarantino se tornou um verbete à parte no dicionário da cultura pop, influenciando gerações de cineastas e conquistando admiradores de todas as idades, atraídos pelos diálogos repletos de referências inusitadas e os tiroteios que denunciam a cena final.
Neste artigo, fizemos a checklist, bem ao estilo da “Noiva” de Uma Thurman, de todos os filmes dirigidos por Quentin Tarantino que você não pode deixar de ver (e rever):
Cães de Aluguel (1992)
“Reservoir Dogs” é Tarantino em sua essência. Trilha que remonta hits do passado, diálogos intermináveis sobre assuntos banais (como “Like a Virgin” da Madonna), enredo segmentado, sangue a dar com o pau e as reviravoltas que apontam para o clímax. Com apenas um filme, Tarantino criou uma linguagem própria e todo o imaginário pelo qual transitariam seus personagens. Essa releitura dos filmes de gângsteres é simplesmente indispensável em qualquer TOP 10 dos melhores da história do cinema.
Pulp Fiction – Tempo de Violência (1994)
O roteiro entrecortado de “Pulp Fiction” catapultou Tarantino do obscuro cinema independente americano direto para o rol dos maiores do Oscar. O mais curioso é que o estúdio, a princípio, negou o até então esquecido John Travolta como personagem principal de Pulp Fiction. Tarantino bateu o pé e disse que sem Travolta como o capanga Vincent Vega não filmaria. Moral da história: os executivos devem estar sorrindo até hoje por terem cedido à exigência de Tarantino.
Jackie Brown (1997)
“Jackie Brown” não teve a mesma repercussão que Pulp Fiction, apesar de repetir a sua fórmula. Dessa vez, Tarantino resolveu homenagear os filmes b, também chamados de “bad exploitation movies”, revitalizando a carreira de uma diva do gênero, Pam Grier, no papel de uma aeromoça que cai no meio de uma treta gigantesca envolvendo traficantes e policiais. O destaque de Jackie Brown vai para a participação do medalhão Robert DeNiro, prova do prestígio que Tarantino acabava de conquistar na indústria.
Kill Bill Vol.1 (2003) e Kill Bill Vol. 2 (2004)
O excesso de violência levou Kill Bill a ser partido no meio e divulgado como Volume 1 e Volume 2. O roteiro do filme segue a checklist da vingativa Noiva, que acorda do coma numa cama de hospital sem saber direito o que aconteceu. De inimigo para inimigo que é dizimado na lista da Noiva, o filme vai adquirindo novas texturas, abrangendo desde o universo dos amurais até o do western à italiana. Um dos filmes mais divertidos e abrangentes de Tarantino, Kill Bill dita a moda até hoje, graças ao suéter amarelo usado pela Noiva.
Bastardos Inglórios (2009)
“Bastardos Inglórios” marca a primeira incursão de Tarantino nos filmes de história, ainda que o roteiro traga um desdobramento completamente inusitado dos acontecimentos da Segunda Guerra Mundial. Com um grupo de ovelhas negras do exército americano liderados por Brad Pitt, Tarantino fez justiça contra Hitler com as próprias mãos — ou melhor, com tacapes e facões — e lançou um dos seus coadjuvantes direto para o Oscar: Christoph Waltz, como o impassível coronel Hans Landa.
Django Livre (2012)
Festejado no Oscar com os prêmios de melhor ator coadjuvante — de novo para Christoph Waltz! — e melhor roteiro original, Django Livre narra a trajetória de um escravo vivido por Jamie Foxx, que consegue se libertar e passa a se vingar de cada um dos Senhores que lhe causaram problemas. Com Django Livre, Tarantino atingiu contingentes de público e críticas que ainda não haviam se rendido à sua receita imbatível de violência com inúmeras reviravoltas.
Com o sucesso de Django Livre, a expectativa de público e crítica é para o lançamento de “The Hateful Eight”, com um roteiro que retoma a temática do Velho-Oeste, a nova paixão de Tarantino. Enquanto os oito odiosos não estreiam por aqui, o que acha de rever também o lado pouco conhecido da filmografia de Tarantino? São diversos títulos em que ele participa como co-diretor, diretor convidado, ator e roteirista que valem a pena a pesquisa mais aprofundada. Só não vá se espantar quando se deparar com o cara fantasiado de vampiro ou zumbi: é que, como ator, Tarantino é certamente um ótimo cineasta…
E então, já viu todos os filmes de Quentin Tarantino da nossa lista? De qual gosta mais? Conta pra nós nos comentários e não deixe de curtir a nossa página no Facebook!
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